As Comédias do Minho já estrearam o espetáculo de teatro 'Fim de Tarde', numa criação de Leonor Barata e que marca o regresso da companhia minhota ao formato presencial. Ao longo deste mês de julho, a peça vai percorrer os cinco concelhos do Vale do Minho, passando por Vila Nova de Cerveira entre os dias 8 e 11.
O regresso aos palcos faz-se ao ar livre e em horário de fim de tarde. Acomodar a segurança dos espectadores e a eventualidade de novo recolher obrigatório fez parte das premissas de criação. Os espectadores podem contar com um espetáculo que, com humor, coloca em cena algumas questões sobre a forma como contamos histórias e, com elas, nos construímos.
Leonor Barata é uma criadora que desenvolve o seu trabalho na fronteira entre o teatro e a dança. O universo clássico está, muitas vezes, presente nas suas criações. Em 'Fim de Tarde', parte da premissa de que “antes dos gregos não havia nada” para, de uma forma lúdica, explorar questões sobre a repetição das narrativas ao longo dos séculos. Será que há uma ‘grande narrativa’ que se reproduz em todas as pequenas narrativas ao longo do tempo? A pergunta traz consigo as possibilidades do “E se?”, que nos levam a olhar de outros ângulos para as histórias que todos conhecemos e, até, para a nossa própria história individual. Somos nós que construímos a nossa narrativa ou é a ‘grande narrativa’ que nos constrói? Que sentido damos ao que vivemos pela forma como ‘nos’ contamos?
Em Vila Nova de Cerveira, o espetáculo vai percorrer quatro freguesias entre os dias 8 e 11 de julho, sempre às 19h00, nomeadamente:
- quinta-feira, no Polidesportivo do Castelinho em Vila Nova de Cerveira;
- sexta-feira, no Polidesportivo de Gondarém;
- sábado, no Polidesportivo de Mentrestido;
- domingo, no Polidesportivo de Cornes.
Passado mais de um ano desde o início da pandemia de COVID-19, importa questionar de que forma a circularidade dos discursos influencia o olhar de cada um sobre si e sobre a sociedade.
Depois de um ano e meio sem espetáculos presenciais, as Comédias do Minho ensaiam possibilidades para o fazer dentro dos limites de segurança, para que o teatro continue a ser uma realidade nas aldeias do Vale do Minho.
