Conta de Cerveira
Conta de Cerveira
Ostentar a identidade de Cerveira
Inesgotável, a criatividade cultural de Vila Nova de Cerveira tem um novo elemento identitário, sustentado num passado histórico com um futuro promissor: a Conta de Cerveira – Joia Municipal.
Na fascinante conjugação entre o passado e o presente, a história cruza-se com o progresso, e a socialização patrimonial surge como uma ferramenta crucial para a perpetuação deste legado cultural através das gerações. Nesta perspetiva, o Município de Vila Nova de Cerveira apresentou publicamente, a 23 de maio de 2024, a réplica da conta suevo-visigótica (século VI) numa lógica de preservação cultural, mas também de valorização socioeconómica e de atrativo turístico.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, o lançamento da Conta de Cerveira – Joia Municipal é “um mergulho na riqueza da criatividade humana, devolvendo este símbolo de união e de identidade de um território a um povo”. Rui Teixeira destacou mais um “marco histórico em que Cerveira marca a diferença na cultura e na arte, neste caso em particular na arte com história, através da valorização do património histórico de Vila Nova de Cerveira”. Enquadrado na estratégia municipal “centrada na cultura, no turismo, na atratividade e na dinamização de Vila Nova de Cerveira nas várias vertentes”, o objetivo é que “a região e internacionalmente conheçam um pouco da nossa história através desta peça, adquirindo uma replica para divulgar Vila Nova de Cerveira através de uma arte como o é a joalharia”, acrescentou o autarca cerveirense.
Símbolo de estatuto social, a peça arqueológica original (século VI) distingue-se pela raridade, autenticidade e elegância, critérios rigorosamente respeitados na réplica em ouro e em prata dourada idealizada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e que passará a ser comercializada pelos ourives locais já este verão.
Rara, porque as contas mais aproximadas que se conhecem a nível ibérico são duas de brincos com fio torso de ouro, uma procedente de Daganzo de Arribas (Madrid), depositada no Museu Nacional de Arqueologia Espanhol (séc. VI); e a outra proveniente de Torre Condimento (Jean) guardada no Museu Arqueológico de Barcelona (séc. VI).
Autêntica por ter sido encontrada, em 1985, aquando das escavações no Aro Arqueológico de Lovelhe, Vila Nova de Cerveira, pelo conceituado arqueólogo Carlos Brochado de Almeida, evidenciando uma civilização presente no Noroeste Peninsular.
Elegante pelas dimensões e materiais: pequena (3cm de comprimento e 1.5cm de largura), leve (8,5gr), mas de um valor histórico incalculável. De forma bitroncocónica, é composta por 95% de ouro, e 5% de prata e ferro, numa distribuição muito irregular.
Joia de Cerveira, Arte com História.