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“A Bienal de Cerveira tem um lugar especial na paisagem cultural do país”
"A Bienal de Cerveira tem um lugar especial na paisagem cultural do país e realizá-la neste tempo de incertezas é uma lição de resiliência e de responsabilidade. Obrigado por este gesto". Foram estas as palavras do diretor da Direção-Geral das Artes, Américo Rodrigues, proferidas no âmbito da inauguração da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que decorreu no passado sábado em Vila Nova de Cerveira.
Em representação da Ministra da Cultura, o Diretor da DGARTES presidiu à cerimónia inaugural da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que caracterizou como uma "iniciativa inovadora nos novos tempos da cultura". "(…) é sobejamente sabido, mas é necessário ir recordando, é a bienal de arte de arte mais antiga de Portugal e da Península Ibérica e, seguramente, uma das mais dinâmicas", referiu.
Para o Presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), Fernando Nogueira: “Como podemos constatar, apesar de todas as vicissitudes e dificuldades, a Bienal de Cerveira está bem viva e cheia de vitalidade e continuará a desafiar o futuro!”. O também presidente do Município de Vila Nova de Cerveira, deixou ainda um apelo ao governo: “que a Bienal de Cerveira não seja esquecida”.
Neste âmbito, Américo Rodrigues declarou ser fundamental uma revisão ao modelo de apoio às artes vigente: “Também me parece fundamental, e isto é um lugar comum, que se olhe de uma outra maneira, mais de acordo com uma ideia de que não há portugueses de primeira e de segunda para as iniciativas culturais que se realizam fora de Lisboa e do Porto. Muitas vezes são, como a Bienal de Cerveira, iniciativas de impacto internacional, afirmadas ao longo de anos de persistência, que não devem nem podem ser menosprezadas ou esquecidas”.
O Diretor da DGARTES anunciou que serão feitos ajustes e revisões aos programas de apoio. “A proposta de um novo modelo de apoio às artes que tem em conta nomeadamente a importância de determinada entidade ou iniciativa, na relação com o território, a redução das assimetrias regionais e o envolvimento das comunidades à volta de projetos verdadeiramente aglutinadores vai ser em breve apresentada pela Senhora Ministra da Cultura", adiantou Américo Rodrigues.
No decorrer da cerimónia foram, ainda, anunciados os “Prémios Aquisição Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira”, atribuídos a sete artistas: Alexandre Delmar, Alfredo Gallegos, Kyria Oliveira, Mariana Mizarela, Nicoleta Sandulescu, Nelson Miranda e Rafael Ibarra.
De recordar que a XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira permanece de portas abertas até 31 de dezembro de 2020, para apresentar mais de 350 obras de cerca de 370 artistas de 38 países. A transmissão da programação complementar nas redes sociais é outra das apostas, por forma a possibilitar a participação e o envolvimento do público. Entrevistas em ateliers, intervenções artísticas e visitas guiadas são alguns dos conteúdos que estarão disponíveis gratuitamente.
Horários espaços em Vila Nova de Cerveira:
- 1 de agosto 13 de setembro 2020
Segunda a sexta-feira e domingo: 15h-21h
Sábado e feriado: 10h-22h
- 15 de setembro a 31 de dezembro 2020
Terça a sexta-feira: 15h-19h
Sábados e feriados: 10h-13h • 15h-19h
- Encerrado à segunda-feira e domingo
Entrada livre!
Mais informações: www.bienaldecerveira.pt/xxi-bienal/