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Deputación de Pontevedra e AECT Rio Minho promovem estudo urgente sobre impacto socioeconómico do encerramento de fronteiras devido à COVID-19
O deputado de Cooperação Transfronteiriça e Diretor do AECT Rio Minho, Uxío Benítez, anunciou que a Deputación de Pontevedra, em colaboração com o AECT Rio Minho, realizará um estudo com carácter de urgência sobre o impacto socioeconómico que o encerramento de fronteiras provocado pela pandemia do Covid-19 está a ter sobre o território transfronteiriço do Rio Minho.
Benítez explicou que o território do Rio Minho transfronteiriço foi afetado pelo decreto de estado de alarme espanhol e o pelo estado de emergência português. A recuperação das fronteiras, precisamente no momento do 25º aniversário do Tratado de Schengen, e a eliminação do trânsito em pontos de atravessamento fronteiriço, “supõem uma limitação adicional à existente no resto de territórios”, indicou o deputado provincial. “O efeito da pandemia na fronteira é a dobrar, incide sobre a saúde e a economia local, como em todo o lado, mas além disso afeta os fluxos transfronteiriços num território fortemente interrelacionado”.
“Encontramo-nos num período que se estão a promover Eurocidades, serviços públicos e organismos partilhados, e sobretudo na vida quotidiana das pessoas, das famílias e das empresas que se desenvolve nas duas margens do Rio Minho, de modo que as limitações aqui tem um impacto diferente e mais profundo que é necessário ter em conta”, advertiu o Diretor do AECT Rio Minho.
Por outro lado, Uxío Benítez dirigiu-se às autoridades europeias para reclamar “uma atenção especial e medidas concretas para os territórios transfronteiriços que são dos que mais estão afetados por esta crise”.
O estudo realizar-se-á através de entrevistas telefónicas ou por videoconferência, com representantes políticos e sociais de todos os concelhos de ambas as margens do Rio Minho e um acompanhamento dos meios de comunicação e das redes sociais. “Este relatório irá permitir dimensionar numa primeira abordagem o impacto territorial e tomar decisões de curto prazo, independentemente da necessidade de maiores e mais amplos estudos posteriores”, aclarou Benítez.
Fernando Nogueira, Vice-diretor do AECT Rio Minho em representação da CIM Alto Minho, reforçou esta posição, “afirmando a sua preocupação por esta situação excecional provocada pelo inevitável encerramento temporário das fronteiras que afeta gravemente as relações socio-económicas transfronteiriças, designadamente os trabalhadores transfronteiriços deste território e as empresas que atuam no mercado comum constituído pelo Norte de Portugal e pela Galiza”.