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Vila Nova de Cerveira pretende ser capital das artes plásticas em 2017

2016/11/28

É com esta ambição que a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) apresenta o Plano de Atividades para o próximo ano e se prepara para promover a XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que cumprirá 39 anos de existência. Segundo o Presidente do Conselho Diretivo, Fernando Nogueira, “o intuito é apresentar as mais recentes realizações artísticas e tendências estéticas, numa estratégia de descentralização cultural e de internacionalização”.

É sob o tema “Da Pop-Arte às Transvanguardas, Apropriações da arte popular” que a XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira decorre, em 2017, de 15 de julho a 16 de setembro, propondo uma reflexão sobre o choque tecnológico que temos vindo a atravessar, conseguido pelo acumular do saber através dos séculos e pela identidade das populações. Segundo Fernando Nogueira, “esta promete ser uma edição arrojada e pretende-se que Vila Nova de Cerveira seja a capital das artes plásticas em 2017”.

Por forma a combater a sazonalidade no período pré e pós Bienal Internacional de Arte de Cerveira, o Fórum Cultural será palco, ao longo do ano, de um programa alargado de exposições. A sala principal apresentará duas mostras dos “Diálogos com o Acervo”, com o propósito de aproximar e proporcionar a interação da comunidade com a Coleção do Museu Bienal de Cerveira. “A divulgação deste património cultural (i)móvel, que conta a história não só da Bienal de Cerveira, mas também do panorama artístico português das últimas quatro décadas, mantém-se como um dos objetivos para 2017”, acrescenta o presidente do Conselho Diretivo. Já o espaço da Galeria irá acolher três mostras: obras de tapeçaria e gravura do artista galego Manuel Facal; o projeto internacional “Aquarte - Uma Mirada Galaico-Portuguesa sobre o Rio Minho”; e as propostas na área de gravura do jovem artista plástico brasileiro William Ramires.

As três salas de exposição permanentes dedicadas aos Sócios Fundadores da FBAC, com obras de Jaime Isidoro, de José Rodrigues e de Henrique Silva continuam patentes, sendo que no próximo dia 10 de dezembro serão apresentados ao público novos trabalhos destes que foram os artistas impulsionadores da Bienal de Cerveira.

As itinerâncias continuam a ser uma aposta, dando resposta à estratégia de internacionalização da FBAC, estando previstas três itinerâncias da Coleção do Museu Bienal de Cerveira nas cidades de Vigo, Ourense e Braga.

Na opinião de Fernando Nogueira “a sensibilização de públicos através de experiências de contacto com a Coleção e a História da Bienal de Cerveira e a arte contemporânea em geral é um passo para a democratização cultural”. Neste sentido, a nível de Serviço Educativo, o programa prevê a realização de atividades dedicadas a toda a comunidade, envolvendo desde o público infantil até ao sénior, das quais se sublinham: os workshops/visitas guiadas com as instituições de ensino locais e da vizinha Galiza, que trarão até ao Museu milhares de estudantes; os ateliers livres de desenho e pintura aos sábados; as Férias Criativas no Museu (dezembro); os workshops; entre outras.

Destaque ainda para a abertura de um novo concurso em 2017 no âmbito da Incubadora de Indústrias Criativas Bienal de Cerveira, projeto que será remodelado e adaptado às mudanças e aos desafios do futuro, numa perspetiva de solidificação do cluster das indústrias criativas da Região do Norte, proporcionando o desenvolvimento do setor criativo e artístico e a projeção de uma imagem de modernidade e qualidade de vida da região.

O Plano de Atividades para 2017, aprovado em Conselho Diretivo no passado dia 9 de novembro, será ainda analisado, em concordância com os estatutos da FBAC, em Conselho de Fundadores, no próximo dia 14 de dezembro.