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Meio milhar de cerveirenses aderiu aos ‘Museus Fora de Portas’

2016/05/19

O Cervo foi rei nos ‘Museus Fora de Portas’. A temática apresentada para a terceira edição do evento – ‘Cervo como ícone paisagístico-cultural’ - era aliciante e propícia à emotividade e enfatização de elos de ligação. E assim foi: jovens e menos jovens envolveram-se com entusiasmo nas atividades propostas.

Não restam dúvidas de que a população de Vila Nova de Cerveira se identifica com o património cultural existente e, em particular, com a escultura ‘O Cervo’ do Mestre José Rodrigues, salientando o seu impacto na promoção de Vila Nova de Cerveira dentro e fora de portas.

Cerca de meio milhar de cerveirenses aderiu ao desafio lançado pela Câmara Municipal em parceria com os três museus – Aquamuseu do Rio Minho, o Museu da Bienal de Cerveira e Convento de Sampaio – para refletir e expressar as múltiplas abordagens sobre a carga cultural que a paisagem absorve, colocando especial enfoque na imponência do Cervo, da localização e da relação com o rio Minho.

Segundo a Vereadora da Cultura, Aurora Viães, “o evento ‘Museus Fora de Portas’ tem cativado, ano após ano, o interesse da comunidade local e, muito em particular, do público-escolar. E este ano potenciou-se ainda mais a intervenção no espaço público, como o Terreiro e as escolas, provocando relações de proximidade com os espaços culturais e sensibilizando para a sua preservação. O objetivo do evento tem sido amplamente alcançado, motivando a sua continuidade”.

Pela dinâmica e interatividade subjacente, os ateliers-oficinas ‘Do rio até ao Cervo’ e ‘A minha Paisagem’ foram muito bem acolhidos pelas crianças e jovens participantes que revelaram a sua criatividade e, acima de tudo, o sentimento de pertença/carinho manifestado pelo Cervo de José Rodrigues. Este ano, as IPSS’s do concelho também foram desafiadas a participar e o resultado não poderia ter sido o melhor: os utentes destas instituições aproveitaram a iniciativa para recordar momentos e histórias de outros tempos e conversar sobre a evolução dos espaços culturais existentes. Nestas atividades, tanto jovens como menos jovens elegeram o Cervo como símbolo de Cerveira.

No sábado à noite, destaque para a presença de mais de uma centena de pessoas no espetáculo multimédia “O Cervo”. A projeção de efeitos de luz, acompanhada ao piano por Ricardo Amorim, no violino por Miguel Laranjeira e no acordeão por Rafael Martins, conferiu dinâmica e movimento ao cervo.

O encerramento da terceira edição dos ‘Museus Fora de Portas’ foi a ‘cereja no topo do bolo’, evocando o Cervo e o seu autor, conjugando o passado com o presente e perspetivando o futuro. À Mesa Redonda falou-se da “Apropriação simbólica da paisagem: do José Rodrigues ao IKEA”, uma conversa aberta em torno da atualidade da escultura e das suas formas de utilização para promoção da marca Cerveira, ‘Vila das Artes’. A diretora executiva da Fundação José Rodrigues, Ágata Rodrigues, a Diretora de Comunicação Corporativa do IKEA, Cláudia Domingues, o Alcalde de Carballiño - Ourense, Francisco Fumega e a arqueóloga do Município, Paula Ramalho, foram unânimes ao enfatizar o Cervo como ícone paisagístico-cultural.

De sublinhar que a iniciativa ‘Museus Fora de Portas’ integrou as comemorações do Dia Internacional dos Museus (18 de Maio), unindo o Aquamuseu do Rio Minho, o Museu da Bienal de Cerveira, o Convento de Sampaio e a Câmara Municipal.