Conselho Municipal de Educação analisa os desafios do presente para o futuro
O Conselho Municipal de Educação de Vila Nova de Cerveira reuniu, ontem ao final da tarde, no Salão Nobre dos Paços do Concelho para avaliar o passado, analisar o presente e projetar o futuro da política educativa local. Em cima da mesa, entre outros assuntos, esteve a Revisão da Carta Educativa de 2006, a criação do primeiro Projeto Educativo Municipal, as obras de intervenção nas escolas e a Rede Educativa.
A sessão foi presidida pela vereadora da Educação, Aurora Viães, e contou com a presença dos vários agentes educativos do concelho e de outras entidades intervenientes na educação. A reunião visou a auscultação de perspetivas e a receção de contributos em prol da qualidade do ensino em todos os níveis e da potenciação e utilização dos recursos educativos existentes.
A avaliação da Carta Educativa de 2006 e o processo de revisão em curso foi o segundo ponto a ser debatido, depois da aprovação do Regimento. Com uma participação bastante dinâmica, os presentes apresentaram propostas de intervenção e dinamização das escolas para o sucesso educativo e ensino de qualidade.
Uma das propostas aprovadas por unanimidade foi a criação de um grupo de trabalho que coordene a elaboração do primeiro Projeto Educativo Municipal, em parceria com o Instituto de Educação da Universidade do Minho, que conta com larga experiência na execução destes processos. Trata-se de um documento estratégico que, em conjunto com a Carta Educativa, apresenta a política local com prioridades e eixos de intervenção.
Foi igualmente aprovado por unanimidade um parecer relativo às intervenções necessárias nas infraestruturas educativas do concelho, com incidência na beneficiação principalmente dos recreios do Centro Escolar Norte e Centro Escolar de Cerveira; obras na Escola Básica e Secundária ao nível da cobertura, infraestruturas e eficiência energética; e ainda os edifícios da ETAP e da Creche de Campos, que são propriedade da Câmara Municipal.
Um dos pontos que acolheu uma maior interação e debate entre os presentes foi a questão da Rede Educativa associada à problemática da interioridade, com o exemplo do Centro escolar de covas que foi alvo de encerramento parcial no início do presente ano letivo e que continua com um número bastante reduzido de alunos. As dificuldades de deslocação e a problemática do afastamento são argumentos que se mantêm, pelo que o executivo cerveirense, com a subscrição do Conselho Municipal de Educação, da Junta de Freguesia e da Associação de Pais, entende a manutenção do Centro Escolar de Covas como essencial para o desenvolvimento educativo e do concelho.
Na atualidade, e tendo em conta as recentes alterações legislativas, o Colégio de Campos encontra-se igualmente numa situação de fragilidade, pelo que o executivo já encetou diligências junto do Gabinete do Senhor Ministro da Educação, como consta na ata da reunião de Câmara de 11 de maio, com o intuito de marcar uma audiência para apresentação do dossier explicativo dos argumentos que visam a manutenção das condições de funcionamento daquele colégio.
Estiveram presentes nesta reunião os representantes dos presidentes de junta; os professores que representam o corpo docente do pré-escolar e do 1º CEB; o diretor do Agrupamento de Escolas; a diretora do Colégio de Campos; a Escola Superior Gallaecia; a Creche de Campos; a Santa Casa da Misericórdia; o Conselho Municipal de Juventude; o IEFP; a Associação de Pais da ETAP; as Associações de Pais do Centro Escolar de Cerveira, do Centro Escolar Norte e da Escola Secundária; a Unidade de Cuidados na Comunidade; a Saúde Pública e a DGEST.
O Conselho Municipal de Educação volta a reunir no final do ano letivo para apresentação e análise dos resultados escolares, e conclusão do processo de Revisão da Carta Educativa.