XVIII Bienal de Arte: De Cerveira e do Minho transfronteiriço para o mundo
Já arrancou a XVIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira. A cerimónia de inauguração decorreu este sábado, 18 de julho, no Cineteatro, com a presença do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Dr. Luís Campos Ferreira, de um vasto leque de ilustres convidados regionais e nacionais, e da comunidade residente e visitante.
Dentro e fora de portas, a reconhecida ‘Vila das Artes’ reforça o seu conceito com mais uma edição da bienal, sob o tema “Olhar o passado para construir o futuro”, que se prevê de enorme sucesso. Com exposições em vários pontos da vila e no Fórum Cultural – e a partir de 26 de julho também em Paredes de Coura, Caminha e Tomiño -, o programa da bienal mais antiga do país prolonga-se até 19 de setembro, com cerca de 500 obras de arte assinadas por quatro centenas de artistas de 33 países.
Durante a intervenção de boas-vindas, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e da Fundação Bienal de Cerveira destacou o sucesso da marca Bienal de Cerveira e os rostos que deram vida a um “projeto que ultrapassou fronteiras e idiomas”. Fernando Nogueira afirmou que a concretização desta edição resulta de “um enorme esforço financeiro da Câmara Municipal e da colaboração dos patrocinadores, alguns de longa data e de anteriores bienais”, ressalvando ser “indispensável que o Estado possa investir mais nestes certames para que se possam manter e consolidar”.
O diretor artístico Bienal de Cerveira, Professor Henrique Silva, enalteceu a programação final diversificada com exposições, oficinas, workshops, representações de 13 instituições de ensino superior das áreas artísticas, entre outras formas de comunicação plástica e estética para expressar a arte. “Esta poderá ser a Bienal de Cerveira e do Alto Minho”, assegurou.
“A cultura é a alma e a identidade de um povo, e a Bienal de Cerveira é exemplo disso mesmo”. Foi desta forma que o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Dr. Luís Campos Ferreira, iniciou a sua intervenção. “Mais do que os números e contas, de que hoje tanto se fala, a cultura tem a capacidade de gerar um conjunto de fluxos económicos importantes e a Bienal é um dos eventos mais vigorantes que acontece em Portugal”.
A cerimónia de inauguração contou ainda com a homenagem ao artista Eurico Gonçalves, ao Arquiteto Alcino Soutinho e ao mestre gravador Dacos, bem como a entrega dos prémios aos artistas vencedores do concurso. Na inauguração este ainda presente a artista grega Danae Stratou, com um trabalho de vídeo com textos de Yanis Varoufakis, seu marido e antigo ministro das Finanças da Grécia.
O programa da XVIII Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira prolonga-se até dia 19 de Setembro.