Cerveira acolhe conversa com Mário Augusto e Álvaro Laborinho Lúcio sobre 'A Perspetiva de quem conta'
A Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira recebe, no próximo sábado, 30 de abril, pelas 16h30, duas personalidades literárias de referência nacional e internacional. A conversa com Mário Augusto e Álvaro Laborinho Lúcio sobre “A Perspetiva de Quem Conta” apresenta-se como uma oportunidade para o público interagir e conhecer estes dois escritores e marca o encerramento da vasta programação cultural afeta à 31ª edição da Festa do Livro e da Leitura.
Este encontro literário é um dos 10 encontros literários promovidos no âmbito dos “Encontros Literários do Alto Minho: As palavras que nos unem”, organizados pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho), em colaboração com a RIBAM - Rede Intermunicipal das Bibliotecas Públicas Municipais do Alto Minho, e que vão percorrer as bibliotecas municipais do Alto Minho até outubro.
O objetivo desta iniciativa passa por unir todos os públicos em torno dos livros, num pretexto para a reflexão sobre o poder das palavras enquanto instrumento privilegiado para combater desigualdades, alertar para a exclusão e motivar coletivamente para a coesão social. Concretizando o projeto intermunicipal “Inclusão Ativa de Grupos Vulneráveis - Cultura para Todos”, cada sessão disponibiliza suportes informativos para pessoas com limitações visuais ou auditivas, como o programa em braille e com audiodescrição e a tradução simultânea em língua gestual.
Com moderação de João Morales, jornalista e programador cultural, esta conversa com Mário Augusto e Álvaro Laborinho Lúcio vai proporcionar um momento de partilha de histórias e emoções, dirigido ao público geral.
De referir que o programa do projeto intermunicipal “Inclusão ativa de grupos vulneráveis - Cultura para Todos” conta, ainda, em Vila Nova de Cerveira com uma breve atuação da Tuna da Unisénior (15h30) e a inauguração da exposição artística “Se a Memória não me falha…”, do curso de pintura da Unisénior de Cerveira (16h30). No período da manhã, Mário Augusto dá o seu testemunho de “História do Cinema que não se vêem nos filmes”, a um público mais intimistas, composto por crianças e pais, naquele espaço temporal semanalmente reservado à ‘Hora do Conto’ (11h00).
Biografias:
Mário Augusto conhece a Sétima Arte como poucos. Jornalista de televisão desde 1986, autor e apresentador de vários programas de divulgação de cinema, Mário Augusto já fez mais de duas mil entrevistas ao longo dos últimos 30 anos. Coordena e apresenta o mais antigo magazine de cinema da televisão portuguesa, Janela Indiscreta, programa que, em 2018, foi distinguido pela Sociedade Portuguesa de Autores como o melhor programa de entretenimento cultural da televisão portuguesa. Esteve na fundação da SIC, em 2009 regressou à RTP, trabalhou na rádio e é colaborador habitual de diversos jornais e revistas. Publicou os livros Nos Bastidores de Hollywood, Mais Bastidores de Hollywood, A Sebenta do Tempo, Caderno Diário da Memória, Janela Indiscreta, Como se Fosse um Romance.
Álvaro Laborinho Lúcio já lidou com a Justiça em diferentes papéis (foi delegado do procurador da República; procurador da República; inspetor do Ministério Público; procurador-geral adjunto; diretor da Escola de Polícia Judiciária; diretor do Centro de Estudos Judiciários; secretário de estado da Administração Judiciária; ministro da Justiça; deputado da Assembleia da República; presidente da Assembleia Municipal da Nazaré; docente de Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa; ministro da República para a Região Autónoma dos Açores; vogal do Conselho Superior da Magistratura; presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho), sempre com o mesmo empenho e os mesmos valores. O trabalho como romancista permitiu-lhe fundir a memória e as reflexões, a invenção e a intervenção, diferentes cambiantes do pensar… e sentir. Além dos livros e artigos resultantes da sua experiência no meio jurídico, publicou os romances O Chamador, O Homem Que Escrevia Azulejos e O Beco da Liberdade.