AECT Rio Minho reúne com Presidência da CCDR-N para avaliar as prioridades da cooperação transfronteiriça Galiza-Norte de Portugal.
O Diretor do AECT Rio Minho, Rui Teixeira, foi recebido hoje pela Presidência da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte – CCDR Norte – com o objetivo de, por um lado, apresentar os principais projetos do AECT Rio Minho para o futuro e, por outro lado, avaliar as prioridades da cooperação transfronteiriça para a Galiza-Norte de Portugal.
Rui Teixeira começou por valorizar as dinâmicas e relações transfronteiriças e a cultura que une ambos os territórios, e por identificar a necessidade de concretizar as grandes infraestruturas rodoviárias que permitirão potenciar o investimento na rede ferroviária de alta velocidade, Porto-Valença-Vigo, inscrito no Programa Nacional Investimentos 2030 e promover a integração socioeconómica da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, designadamente através da conclusão do IC1 até Valença com ligação a Monção e à A52 na Galiza, servindo a Plataforma Logística PLISAN e a estação do AVE Orense-Madrid”, bem como a melhoria da atual EN 101-202, ligação Valença - Monção – Melgaço no âmbito do Plano de Proximidade e a melhoria da ligação à fronteira da Madalena - Remodelação da atual EN 203 e EN304-1 entre Ponte da Barca e Lindoso” (“IC28 para Lindoso-Ourense”), contribuindo para ligar o Alto Minho às redes rodoferroviárias principais de ligação a Madrid e ao centro da Europa (nomeadamente, estação do AVE linha Orense-Madrid e à Auto-estrada A52).
Num período em que terminou recentemente a segunda consulta pública do Programa Interreg para o próximo período de programação 2021-2027, Rui Teixeira destacou “a valorização dos recursos locais do território transfronteiriço, o fortalecimento dos mecanismos de mobilidade e a eliminação dos custos de contexto transfronteiriço, como as grandes prioridades do AECT Rio Minho para este período”.
Destacando a importância deste território do Rio Minho Transfronteiriço, “que é a bacia de emprego mais relevante entre Portugal-Espanha, com cerca de cerca de 13000 trabalhadores transfronteiriços, e uma verdadeira área funcional transfronteiriça”, Rui Teixeira defendeu ainda “a necessidade deste programa reforçar o apoio a estes territórios que tanto sofreram nos ultimos dois anos com o encerramento de fronteiras na sequência da crise pandêmica COVID19”, destacando que o AECT Rio Minho apresentará uma carteira de projetos estruturantes no âmbito da promoção de turismo sustentável, de uma rede de percursos verdes transfronteiriços, de ações preservação da biodiversidade dos grandes ativos ambientais do território, da promoção do património cultural material e imaterial, da cultura como centralidade transfronteiriça e ainda da eliminação de obstáculos à mobilidade transfronteiriça.
O AECT Rio Minho deixou ainda as suas preocupações sobre a proposta do Programa Interreg 2021-2027, entregando ao Presidente da CCDR-N, um documento técnico que submeteu no âmbito da Consulta Pública que terminou no passado dia 20 de janeiro, e que identifica os principais pontos críticos no processo de elaboração e desenvolvimento deste programa de apoio à cooperação transfronteiriça.