Autarquia intercede para manter aberto Gabinete de Inserção Profissional
A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira está a encetar negociações com o IEFP/Centro de Emprego do Alto Minho – Serviço de Emprego de Valença, com o intuito de evitar que o Gabinete de Inserção Profissional (GIP) em funcionamento no concelho feche portas até ao final do ano. Intenção foi anunciada recentemente pelo Governo que, fruto da reformulação da distribuição nacional destes gabinetes, tem arquivado as candidaturas de municípios pelo número de desempregados registados.
A candidatura apresentada pela autarquia cerveirense ao IEFP para dar continuidade ao Gabinete de Inserção Profissional não foi aprovada, decisão justificada pela reduzida taxa de desemprego registada no concelho e pelo facto de ter deixado de ser obrigatória a apresentação semanal periódica do desempregado no GIP.
Segundo o edil cerveirense, Fernando Nogueira, “apesar de ser uma boa notícia o facto de o concelho apresentar uma taxa de desemprego abaixo da média nacional e distrital e de ter uma significativa oferta de trabalho, está-se a falar de um serviço de proximidade muito importante”. Neste sentido, a Câmara Municipal está a diligenciar junto do IEFP para, mediante a celebração de um protocolo, manter este serviço de portas abertas, com a autarquia a assumir os custos de manutenção do GIP.
De acordo com os dados registados até novembro passado, o GIP de Vila Nova de Cerveira contabilizou cerca de 1579 utentes que recorreram aquele serviço para abordar diferentes assuntos relacionados com o emprego, formação, ação social e empreendedorismo. A procura de diversas entidades para obter informações sobre as novas medidas/programas do IEFP também foi significativa, tendo sido apoiadas 60 candidaturas.
O Município de Vila Nova de Cerveira possui uma vasta experiência na dinamização do emprego/formação, iniciada em 1999 com o Espaço UNIVA e, posteriormente, em 2009 com o GIP. Este serviço tem desempenhado um papel muito importante no concelho, ao comtemplar atividades na área do emprego/formação numa lógica de proximidade e, simultaneamente, reforça o apoio aos desempregados, principalmente aqueles que se encontram numa situação de desfavorecimento socioeconómico; para além, dos contactos com as empresas, o comércio local e as entidades sem fins lucrativos.