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Vila Nova de Cerveira acolhe “1º Encontro Regional de Cuidadores Informais”

2018/08/21

A Associação Nacional de Cuidadores Informais promove, a 8 de setembro, o “1º Encontro Regional de Cuidadores Informais” no Cineteatro de Vila Nova de Cerveira. A iniciativa, que visa o reconhecimento do importante papel do cuidador informal pela criação do estatuto específico, conta com a presença de vários representantes de altas entidades do foro político e médico-científico, para além de testemunhos na primeira pessoa. O Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, vai presidir à sessão de encerramento.

De um conjunto de cuidadores e ex-cuidadores de familiares diagnosticados com demência e/ou de crianças com considerável grau de dependência surgiu, no passado mês de junho, a Associação Nacional de Cuidadores Informais, movimento nacional que luta pela dignificação do cuidador, materializada na criação do Estatuto do Cuidador Informal.

Com o intuito de informar e apoiar uma missão que abrange inúmeras famílias portuguesas, esta associação tem dinamizado alguns encontros regionais que despoletem uma maior reflexão e debate para esta causa. Com o apoio da Câmara Municipal, Vila Nova de Cerveira acolhe, na tarde de 8 de setembro, uma ação de sensibilização de âmbito distrital, mas com grande participação e impacto nacional.

A sessão de abertura deste “1º Encontro Regional de Cuidadores Informais” em Vila Nova de Cerveira está agendada para as 14h00, com a presença do presidente da Câmara Municipal, Fernando Nogueira, e da Vice-Presidente da Alzheimer Europe e Eurodeputada Marisa Matias.

O programa é constituído por três painéis complementares: o dos cuidadores informais e as questões legais e sociais que aborda relatos de como vivem os cuidadores e os seus familiares a necessitar de cuidados, os apoios sociais disponíveis e o testamento vital; o painel político para salientar a importância do estatuto do cuidador informal e que vai contar com a presença de Deputados da Assembleia da República; e uma terceira abordagem de cariz médico-cientifico, com médicos da especialidade e a participação de investigadores da Universidade de Coimbra.

A sessão de encerramento será presidida pelo Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, um defensor do estatuto do cuidador informal, e pela Presidente da Associação Nacional de Cuidadores Informais, Sofia Figueiredo.

Neste momento, a pré-proposta do grupo de trabalho do Governo para uma nova Lei de Bases da Saúde já integra o Estatuto para Cuidadores Informais. O documento elaborado pela equipa de Maria de Belém Roseira estabelece que deve ser promovido "o papel da família, das pessoas próximas e da comunidade na saúde e no bem-estar das pessoas com doença, dependência, parcial ou total", cabendo ao Estado, através dos ministérios da Saúde e da Segurança Social, definir as medidas necessárias de apoio aos cuidadores e à pessoa cuidada com vista a assegurar a melhoria de qualidade de vida de ambos.

De sublinhar que todo este processo foi desencadeado há cerca de dois anos, com o lançamento de uma petição para a criação de um estatuto que enquadrasse as suas funções. Após entregue a um relator no Parlamento, em março deste ano o tema desceu para discussão em sede de Comissão, dando início a uma fase de auscultação das 20 associações de doentes para darem a conhecer o que têm vivido, desde a aceitação da doença dos familiares, à situação quase inevitável de desemprego, entre outras histórias de vida.

O Cuidador é toda a pessoa que assume como função a assistência a uma outra pessoa que, por razões tipologicamente diferenciadas, foi atingida por uma incapacidade, de grau variável, que não lhe permite cumprir, sem ajuda de outro(s), todos os atos necessários à sua existência, enquanto ser humano (Oliveira et al., 2007).

Programa cuidadores informais