Proteção Civil: Cerveira cumpre proposta do plano
De forma a prevenir e a minimizar, tanto quanto possível, o risco de ocorrência de fogos florestais no concelho, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira interveio, entre março e julho, numa área correspondente a 110ha, através da limpeza de faixas de gestão de combustível nas freguesias consideradas prioritárias, da beneficiação de pontos de água, da limpeza de caminhos florestais e da abertura de corta-fogos, num investimento superior a 150 mil euros.
Pela preservação da vasta mancha verde que abraça o seu território, Vila Nova de Cerveira tem vindo a implementar um vasto programa de ação para a defesa da floresta contra incêndios, com recurso a orçamento municipal, mas também a cofinanciamento.
Entre o conjunto de medidas já implementadas no terreno destaca-se o melhoramento dos dois pontos de água para meios aéreos e terrestres, assim como a execução de faixas de gestão de combustível não só nas freguesias prioritárias (nível I e II), mas também em determinadas zonas que, apesar de não integrarem os critérios delineados pelo Governo, o Município cerveirense identificou como necessárias para uma intervenção pontual. No total, foram alvo de limpeza 50,9ha junto às estradas municipais (as nacionais são da competência da Infraestruturas de Portugal), suportado totalmente orçamento municipal (cerca de 100 mil euros).
Ao nível da limpeza de caminhos florestais e de abertura de corta-fogos, para além dos vários projetos apresentados pelos Baldios de Sopo e de Covas, há ainda um conjunto de ações identificadas na Carta do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios para o ano 2018, aprovada pela respetiva Comissão Municipal, nomeadamente ao longo de 7,7kms de rede viária florestal em Covas (pagos pelo Município), e de 30,4kms em Gondarém, Sopo e Sapardos em estreita colaboração com o ICNF. Não obstante, e em parceria com os Sapadores Florestais há ainda a registar trabalhos em cerca de 20ha de faixas de gestão de combustível executadas através de protocolo de serviço público.
No que diz respeito a intervenções cofinanciadas, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira executou uma beneficiação florestal de dimensões significativas, num investimento de cerca de 50 mil euros cofinanciado pelo POSEUR. A operação já realizada visou a instalação de faixas de redução/interrupção de combustível da rede primária de quatro freguesias do concelho (Gondarém, Loivo, União de Freguesias de Reboreda e Nogueira e União de Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe), numa área total de 37ha, fora das freguesias consideradas prioritárias pelo Governo.
De acordo com o autarca cerveirense, “o Município reforçou de antemão a prevenção e a vigilância para o ataque de primeira intervenção e, apesar de tomadas todas as medidas que estão dentro da esfera de competências da autarquia para minimizar estes riscos, há determinadas situações que não se conseguem controlar”. Fernando Nogueira defende que as forças de segurança devem proceder a uma vigilância suplementar para potenciais pirómanos, eventualmente já referenciados e que, nos períodos mais críticos, representam um perigo iminente”.
Para além destas empreitadas de beneficiação, de investimento municipal, cofinanciadas e/ou colaboração, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira dinamizou um conjunto de sessões de sensibilização e informação junto das populações para a limpeza de terrenos e das faixas de gestão de combustível; dotou de mais e melhores condições os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira, a Unidade Local de Covas, e os Sapadores Florestais; e criou, juntamente, com o Governo, uma Equipa de Intervenção Permanente. De sublinhar que a nível de cooperação intermunicipal, Vila Nova de Cerveira e Valença já estão a colaborar no Centro Intermunicipal de Proteção Civil, que visa a partilha de meios e recursos operacionais em prol da preservação e prevenção florestal, consubstanciada na segurança das suas populações.
Ao nível dos privados, Vila Nova de Cerveira assistiu a uma grande consciencialização por parte dos proprietários florestais, que executaram vários hectares de faixas de proteção junto às estradas municipais.